terça-feira, 6 de julho de 2010

Gosto...


Por vezes anseio pela solidão. Vaguear o meu corpo pelas ruas, sem ninguém, só comigo. Gosto de escutar os meus pensamentos, de sentir a aceleração ou o retardamento do bater do meu coração. Gosto de andar descalça  pela casa, de dançar até as pernas cansarem, de atingir tal liberdade de expressão, de chorar sem preconceito. porque sou assim, mulher de extremos: adoro o meu maior medo, refugio-me no porto de abrigo que é a minha razão. Lá mantenho as ideias organizadas, as memórias de um outrora (tanto feliz como o seu oposto), caras e locais marcantes, frases ditas e palavras ouvidas, tenho cá tudo. Posso dizer que o meu passado é a gasolina do meu presente e consequentemente, do meu futuro. a força do meu andar. a rapidez do meu sentir. Estou nisto e vou até ao fim, afinal de contas, não estou sozinha.

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